HÁ-HA-HÁ! Tem uma mulher rindo aqui do lado, e a graça é estar escrevendo com meu lápis de olho, tudo bem, eu não deveria esquecer de andar com papel e caneta e, minha mãe só sabe me chamar de “machinho” por eu não gostar de usar bolsa, bem que ela poderia me lembrar do que colocar dentro dela, não é?! Não faço ideia do que escrever hoje, só sei que quero muito e, também “modesta parte”, que sou muito boa em mudar de assunto.
Então, hoje é domingo e aqui da janela do ônibus, olho para o lado e fico imaginando todas essas vidas ao redor, fico observando o “carinha” encostado no muro que está á esperar alguém e vai fazer um telefonema agora, será a namorada atrasada ou não virá mesmo? E o casal de meninas acanhadas do outro lado do corredor por conta de um preconceito burro que a sociedade, por si só, impõe;
o motorista nesse momento esta correndo para dar a ultima volta e poder tomar a tal “gelada”;
a idosa preocupada com a hora que tem que chegar na delegacia, para tentar limpar a cara de um filho;
nos dois turistas americanos (duas cadeiras atrás da minha) contando que está no país a 3 meses e 20 dias, e que não poderia deixar de conhecer o Bondinho do Pão de Açúcar. Quando, ironicamente, eu daria meia volta e fugiria de lá por estar nauseada. “Vamos lá, é só mais um dia saciando curiosidades alheias, contando historinhas sobre um dos maiores Cartão Postal da cidade maravilhosa e imaginando pela face de cada um dos turistas o quanto estão satisfeitos ou não, pelo preço que pagaram (olhando por esse lado, trabalhar é bom demais)”. Porém vocês devem saber, são apenas suposições! (É engraçado, como eu fico aproveitando as pausas do ônibus para conseguir uma letra legível, pelo menos para mim.)
E agora eu percebi que estou escrevendo sobre a vida e, interessantemente, são os seres humanos que me inspiram nessa arriscada escrita, porque eu fico analisando o que cada um deles estão pensando à respeito da menina com uma garrafa de suco de abacaxi com limão, um pacote de biscoito, um caderno e um lápis de olho. E com o passar do tempo e o balançar do ônibus (isso devem soar poético), sinto-me cada vez mais convicta de que nós seres humanos nunca estamos satisfeito com o que temos, estamos sempre sendo despertados pela a vida ao lado, nem sempre por mal sabe? Mas por simples fato de estarmos desocupados ou tentando não pensar na nossa. Estamos sempre em busca de mais, do melhor e isso me faz ser feliz ao acordar, e a você?
Embora tenha diversos tipos de pessoas num mesmo lugar, cada uma delas é diferente uma das outras, cada qual está pensando em coisas distintas.
Talvez umas queiram transformar uma vida, outras mudar sua vida, quando muitas gostariam de mover um mundo, mas sabe o que todas elas têm em comum?
Pois tenho certeza, que essas pessoas sonham em ser alguém que um dia vão lembrar, querem historias para contar. E isso é o que chamo de vida.
Porque é inquestionável o quanto ela nos prega peça, tão quanto memorável quando alguns de nós tem coragem de olhar na cara da vida e dizer: Permita-me, não tenho medo de vivê-la!
Gente, por hoje é só, acabou meu lápis! rs
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