Seja bem-vindo, volte sempre e o último a sair apaga a luz ! :D

Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Vai !

Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida.
Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só.

Caio F. Abreu

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Paradoxo !



Ordinárias banalidades. Se planejar. Sem pestanejar. Hoje eu vi você. Você que já parece fazer tanto tempo fora do meu “nós”. Me fez fechar os olhos num abraço tão rápido e receioso.
Notavelmente veio a consciência de uma saudade que eu nem sabia sentir, sim senti saudades desde a ultima vez.
Mas isso não muda os fatos, nem os anulam. Tivemos escolhas e agora isso inclui outras historias, outras pessoas especiais pra gente e até outras paixões, acredito.
Assim como confesso, foi bom te ver. Exceto a parte do teu olhar, tua boca, mínimo contato e cheiro, ainda ter um efeito convidativo.
Você me trouxe reflexões e boas memórias, sabe?
Como o quanto eu senti falta naquele teu jeito “revolts” de andar na frente, das pernas engraçadamente e quase imperceptivelmente tortas. E me fez sorrir ao ler teu nome escrito a caneta no meu ombro, imaginei que a um tempo atrás ele estava tatuado em cada milímetro do meu corpo. E atualmente não são mais nossas iniciais que aqui se encontram.
Trocamos poucas palavras, alguns sorrisos e quase nenhum contato. E em meio a silêncios abismais, eu pude ouvir o barulho que o meu e seu coração faziam.
Em algum momento cheguei a me ver me apaixonando novamente por você, então descobri que talvez eu nunca tivesse deixado de o estar. E de uma forma pacifica, fraternal até.
Mas como eu disse de inicio, ordinarias banalidades sobre um amor simples e direto.
Visão limitada.
Quando sem querer lembrei do quanto eu tenho crescido nessa banalidade, lembranças boas sim, mas quero mais, quero fatos, quero o que não tive e eu tenho aspirado o que não me cabe.
Esotéricas aspirações e lá vai o tempo, lá vem o barco e nessa excursão de idéias, minha exatidão não me traz de volta a você. Na outra margem tem alguém me esperando, e dessa vez, sem rotas, destinos ou pretenções eu quero soma e sinto o mais.
Eu lamento, sabemos não se depurar um câncer sem matar células inocentes.
Te quero bem. Te gosto muito. Sinto-te ainda. Sinto tua falta.
Mas o quero mais. Estou gostando mesmo. Não só por alternativas. Por ironia de vida talvez.
Estive certa disso. E este é o grande paradoxo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TO SMILE .






Domingo. 05 de Dezembro de 2010. 01h30. 06 de Dezembro de 2010.
Dores. Gente, muita gente. Música. Sentada chão. Dores no pé. Exausta. Rindo sozinha.
Ri ao imaginar quantas pessoas talvez tenham feito escolhas superficialmente mais sábias que as minhas.
Eu ri de observar o quanto apesar de jovens e achar que tudo sempre tem que ser importante, somos carentes, necessitados daquela ilusória sensação de estar junto, de se sentir apaixonados.
 Dessa precisão fútil de sentir-me momentaneamente anestesiada a me sentir em função de alguém mesmo que isso venha acompanhado de algo bom, o que raramente acontece.
Ri observando a velocidade com que envolvemos mais gente as nossas loucuras e insanidades podendo ser para o bem quanto para o mal. E o quanto criamos triângulos, quadrados e assim sucessivamente as nossas buscas incansáveis ou fracassos intoleráveis até notarmos que isso deixa a vida sem graça e às vezes apenas suportável. Quando poderia ser bem melhor. Se não fosse pelo acumulo de escolhas erradas e não pensadas.
Risadas ecoaram ao lembrar da dor que eu estava sentindo nos pés, das risadas a toa que eu tinha dado, do jeito que eu estava no chão e do quanto como louca eu tinha dançado. Fui levantar pra beber e dançar mais, então. Eu ri ao imaginar o quanto daqui a um tempo eu estarei rindo dessas minhas situações vividas ou daquelas que eu deixei de viver, acredito até que serão tão poucas, estou feliz por isso, não tem tido o percurso naturalmente esplêndido que eu imaginava que pudesse ter, é até um pouco vulgar eu confesso, mas não tenho queixas a fazer, não queria que tivesse sido de outra maneira, porque nem toda gente pode dizer o mesmo da sua vida, aí eu ri mais uma vez e dessa vez foi bem alto.