Seja bem-vindo, volte sempre e o último a sair apaga a luz ! :D

Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Inflações .


Discussão. Termino. Chuva. Noite. Derivados de etanol. Musicas. Gente, muita gente. Flash, numa cena bem remota.  Ressaca moral. Aminésia. Que irônico, nesse momento até me sinto feliz pelo final.
Agora quem deveria estar do meu lado, esta do lado de lá.
Eu não tive tempo de te contar que quando tudo parecia errado, era você quem eu queria abraçar. Sei que eu só dou mancada. Mas, juro que a intenção nunca seria magoar. Não você, você jamais. Também sei que nada justifica e que talvez nem devêssemos nos importar tanto.
Um “I’m sorry!” não bastaria, a maior loucura seria demais. Então, eu paro e continuo imóvel, inerte e entorpecida pelo turbilhão de coisas que estão acontecendo numa freqüência muito veloz, num intervalo de tempo muito curto.
Deixa, eu aproveitar o meu técnico e fazer uma linha de raciocínio indiscreto, vai.
Como se eu fosse turista tenho me aventurado em novas historias, conhecido outros lugares, credos, culturas, novos gostos, porém parte minha sempre deseja retornar ao seu país de origem. Traz de volta, por favor, traz.
Em meio a esse bombardeio de informações, você é o mais perto da paz que consigo chegar, é o mais perto do sincero no mínimo. Acho que por receio, por segurança ou até ego, não deixei isso transparecer, é que deus a paz tem me custado tão caro ultimamente.
E o fim que  eu não esperava, temia e nem queria, tudo  numa grande e irreversivel sequencia, não dá pra ter alguma certeza nesse momento. Eu só peço, calma,  venha senhor tempo, deixa.
“Podia ter sido tão diferente.” 
Hoje mais que nunca quis minha mãe por perto. Para deitar ao lado na cama mais confortável do mundo a dela, calada. Sem precisar explicar nada. Sem perguntas. Sem cobranças. Só aquela impressão de que eu não estou sozinha e, independentemente, não vou estar. Como nos velhos tempos. Isso não são lamentações, são apenas “inflações” e uma saudade.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mais um dia.



Tive um dia não muito favorável, num engarrafamento de 2h e meia,
perdi a apresentação do trabalho que fiquei até 2h fazendo e entendendo.
No ônibus já exausta com meu hiperativismo formigando, o stress das pessoas quase contagiante, levantei fiquei em pé na janela e resolvi cantar, observando um bebê, o vi fazendo careta pra chorar, eu pensei no quanto eu queria fazer companhia a ele, mas decidi só olhar e ele me sorriu, o sorriso de um bebê desconhecido me fez sorrir por dentro, eu vi aquela criança que eu desde muito pensei em adotar, sorrindo fechando os olhos com covinha, e aquilo trouxe sol ao meu dia. Senti falta da forte tendência a sorrir quando se é criança,  mesmo que dependentes, cuidados, seguros e inocentes somos naquela faixa etária.
Tive certeza do quanto era maior que os outros sonhos a adoção, dei menção ao valor da profissão que escolhi e do quanto quero ainda pediatria no meu currículo. Dos trocentos pensamentos. Após esse imaginei o quanto gratificante é ser mãe e enxerguei que no fundo a minha mais que ninguém me ama muito, imaginei se no lugar dela eu me amaria tanto assim, é muito real quando deus compara seu amor com o delas, sabia? Imaginei a minha e outras mães, por um momento entendi o quanto elas se importam, mesmo que do jeito delas, com os seus, entendi que apesar de tudo, de qualquer coisa, nunca deixam de ser mãe. Que é frustrante se esconder atrás do que elas ditam, quando na verdade estamos é com medo do que vai ser, do quanto riscos vamos correr, ou mesmo de até onde elas vão nos amar, mas isso é confortante, assim como o amor de Deus o de mãe é o mais próximo do incondicional.
No incondicional pensei no quanto eu tenho envolvido pessoas, lugares, noites, dias.. no meu incondicional, por um instante me senti culpada, conseqüentemente, me restou a lembrança daquele momento que quero muito ter de volta, sabe? Eu lembrei do quanto deixo as coisas não terminadas, de primeiro a redenção foi a idéia de não querer que acabem, por fim, descobri que tem muito de ser uma frouxa até para encerrar, então, prolongo o que muitas vezes já entreguei os pontos.
Depois disso me vi voltando pra casa. Me perguntando o que realmente importa? Procurando respostas para o que já tinha. Pensei se era certo ou não, obter o que se deseja? Ou o que nunca será? Ou o que não pode mais ser? O quanto uns vem sempre que outros se vai? O quanto mais ausente outro se faz presente? Perder o que arriscamos muito pra conseguir? Se realmente há algo melhor? O quanto se vale arriscar por isso?
Concluindo que o que nosso cérebro e coração deseja nem sempre estão em comum acordo e em sua maioria das vezes gera tragédia. Entretanto, sei que algum dia voltarei a fazer as mesmas perguntas. Continuarei sem respostas. Mas tudo terá sido importante.
Grandes planos. Apenas, nem sempre é tão fácil assim.

sábado, 9 de outubro de 2010

Monopolizar, é.


Estava analisando a possibilidade de daqui a um tempo, dias talvez, por os pés no acelerador e parti para a estrada. Passo o dia sorrindo desde quando não me deixo monopolizar.
Pois  é reversivel e ao mesmo fazer esforço algum em reverter.
É, engraçado o quanto eu amo a vida, apesar de saber o quão puta ela é.
E eu  não fazia idéia de todas as vezes quando preferi o mundo do quanto ele podia trazer mais dor.
Pensamentos. Coisas inacabadas, de novo. Palavras e palavras. Omissão de atos. Game over.
É, como se tudo não tivesse passado de experiência, brincadeira e talvez uso.
Mas não foi nem de longe, mentira - eu sinto.
Realmente não devo ter crescido porque de tudo só consigo concluir: "graça", eu que tentei ter fé, quando não me importava, eu que aprendi a me interessar por coisas que de primeira nem mais acreditava, para quê? Para no final o  contra estar com a absoluta razão, talvez eles mereciam mesmo a vitória.
 No final, alguém sempre chuta o balde, mas vale saber que nos atos, esse alguém não fui eu.
Será que valeu nos envolvermos tanto? O que diremos quando perguntarem do que mais gostamos?
Talvez mais uma vez seja falar, perguntar demais, entretanto, eu entendo, juro que entendo.
Eu que pensei em ir bem mais longe, sou feliz por ter acesso ao freio.
Se isso for negar as minhas possibilidades, lamento, é ter antigas e seguras possibilidades de sentir para mim.
Voltando para estrada, aperto o cinto, deixo a brisa bater, aumento o som, a velocidade,
sem planejar escalas, havendo paradas, é hora de conhecer, de viajar, viver. Esquecer. Monopolizar autonomamente.