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Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Voltando para casa.

Sabe, se você der tempo suficiente a uma pessoa ela habitua-se a tudo. E como tudo tem seus prós e contras.
Não tenho a idade de Matusalém, mas aprendi que o mundo é injusto e a vida é implacável. Que a lei da ação e reação é a que faz mais sentido. Que cada escolha terá conseqüências e dependendo da sua a conseqüência pode ser irrevogável. É, parceiro, o tempo não para pra que você volte atrás e conserte. E que isso nem de longe quer dizer que você não pode errar.
Observei que constantemente os planos mudam as rotas, influenciados por pessoas que mesquinhamente não aceitam o que você é e em troca tolamente a gente acaba pensando mais nessas pessoas do que na gente e abre mão do que se quer ou sente.
E eu? Eu tenho usado o meio mais errôneo tal como fácil, aquele de dar uma vivida, sabe?
É saudável, um saudável momentâneo, que não se lembra o nome, não machuca e fica distante do suicídio vulgo "amor". Mas que te inibi de sentir e, às vezes isso nos falta. Só às vezes, mesmo que soe masoquista, até a dor nos faz falta. 
É, aprendi também que a gente nunca sabe o que tem até perder.
Hipócrita até narrar isso, porque essa falta me vem muito raramente, eu gosto da mistura, de farrear, dessa vivencias incansáveis do que não se conhece, de transmitir o que muitas vezes nem se possui e de saber que não se precisa dar mais do que  dispunha, acho que nasci para isso, ou no mínimo vivi a maior parte do que chamo de vida assim. Entretanto, quando a tal "síndrome do que falta" vem, ela tortura, perfura, instiga e exatamente o que nem todo o tempo de liberdade conseguiu te apresentar, ela traz a tona aquilo que poucas vezes conseguiu sentir, aquela sensações que fizeram valer viver, ou aquelas pessoas que você toparia pausar o  mundo e construir sonhos, planos e até vida, mas que no final por alguma razão na maioria das vezes não aceitável ou conhecida, você esquece permitindo que vá esquecendo. E às vezes, me permito lavar as mãos dessa desejada tanto, quanto fútil me parece hoje, tal liberdade e chego a ouvir e soletrar: "abra seu coração, estou voltando pra casa!". Logo, tomo ciência de quantas saudades senti desde a última vez que a tive.