É, plena segunda. Um Dia longo. Inicio da semana. Recordações do final da semana passada, rs. Faculdade. Trabalho. Casa. Dialogo rápido com a minha mãe. E o último foi exatamente o súbito dentre todos os demais.
Ao chegar em casa, em meu quarto estava eu mexendo em uma gaveta e por algum acaso, ela resolve desenterrar um passado “mal resolvido”, milhares de pensamentos desfaleceram quando eu a ouvi perguntar:
- Porque você ainda guarda isso?
- É só uma carta, mãe. É só uma carta que não foi entregue.
- E que você guarda! E um dia ela será?
(PAUSA, UM SILENCIO FANTASMAGORICO, ECOOU. ELA SE FOI, SEM DIZER OU OUVIR MAIS NADA. NUM SILENCIO QUE DIZIA TUDO.)
O fato é que eu queria ter respondido, mas como dizer algo que o receptor não quer ouvir? Ou que você nem mesmo sabe expor? Como reviver um assunto depois de tanto tempo enterrado?
Sim, mãe, você me ensinou muita coisa e algumas delas é não ser hipócrita, não mentir para você e nunca deixar de valorizar seu depósito de confiança.
Minha resposta foi o silencio, um silêncio ensurdecedor, megafonico, uma resposta que a muito eu nem
tinha me dado. A resposta é que eu não sei responder, mas me faço essa mesma pergunta todos os dias.
2 comentários:
A questão é que o passado é feito de algumas coisas que nao podem ser aproveitadas e apenas lembradas e outras que vão pra uma "geladeira" para poderem ser talvez "reaproveitadas" no futuroa, há coisas nela que a gente nem se dá conta...
É, pode soar (e deve) auto bibiografico, mas SEI BEM disso, rs. Acho que muito de nós sabemos, sempre tem aquela coisa mal resolvida, tirada por alguém ou algo de forma inacabada, e a gente continua vivendo, aprendendo, deixando, sabendo, esquecendo, mas no fundo, bem no fundo, sentindo.. (:
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