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Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Percepção.


Na volta do trabalho, ao chegar à rodoviária, havia uma moça, um bebê de colo e outro pequeno menino na faixa de 5 anos, com uma caixa de  chiclete pedindo para que comprassem. Quando a menina, sim era uma jovem mãe, gritou e surrou o pequeno menino, porque ele estava brincando com um copo de “guaravita” ao invés de vender, a mulher se afastou e o menino chorando me disse: ‘moça, licença se não vai te  sujar’, jogou o copo de guaravita com ódio no pneu do ônibus e ao mesmo tempo ele virou de costas andando em direção a mulher, sorrindo e pulando, com a caixinha na mão, começou a dançar, fazer passos e passos de hip-hop, e por incrível que pareça, numa sincronia submersa, eu não conseguia tirar os olhos daquela criança, a fila andava e eu boquiaberta sorria junto com ele, dança mentalmente, acompanhava cada passo, por falta de naturalidade somente por isso, eu não fiz o mesmo que aquela criança.
Eu só conseguia raciocinar a simplicidade e em tão pouco uma alegria sem motivo, ele só queria brincar. O que ele deveria estar fazendo, eu percebia o quanto ele gostava daquilo, o quão rápido o que doeu foi absorvido e em troca veio alegria acompanhada de inocência, o quanto era divertido pra ele apenas dançar, sabe?
Ele não guardou magoas, quando se é criança a raiva é instantânea, quando se é adulto nela se jura de morte e muitas vezes se cumpri;
se uma criança muda de humor em segundos é pela candura, se um adulto tem a mesma ação é bipolaridade;
quando se é criança 3 pedras no caminho é brincadeira, é escravo de jô, para o adulto 3 pedras no caminho são lançadas e]ou no mínimo se tornam 6 palavroes;
crianças se divertem inventando  dança, adulto faz dança para ficar famoso e aparecer na TV;
a criança na exploração ela perdoa, sorri e brinca e não procura entender, o adulto quer julga, sofre por antecipação, trabalha em excesso pra fazer dos seus valores o dinheiro e o poder;
a criança quer escola para ser orgulho dos adultos, os adultos querem criança para receber bolsa escola;
criança não se importam, não se culpam e cativam corações, adulto passa o dia comparando, reclamando e somando depressões; a criança não se preocupa com sua reputação, com o julgamento da sociedade, o adulto passa a vida somando idade, ao invés de emoção; a criança quer papel e caneta  para fazer desenho, o adulto quer notas e chaves para mostrar riqueza. Quem é mais rico?
Deus.. Sei que não sou adulto, mas como eu senti saudade de ser criança

5 comentários:

Anônimo disse...

Quee lindoo amigaa =)!! Biaa Oliveira

Sailor Moon disse...

eu também, ser adulto é difícil, triste, tem dias q eu chego em casa e da vontade de chorar copiosamente... De raiva, frustração, me lembro de quando era criança, de quando era tudo brincadeira, a gente brincava de ser adulto e era divertido, mas o adulto nao sabe mais brincar de ser criança...

Vanessa Provietti . disse...

Ah, obrigada amiga, saudade. rs

Sailor disse tudo "a gente brincava de ser adulto e era muito divertido, mas o adulto não sabe mais brincar de ser criança." E talvez isso seja o mal do século, o mundo seria tão doce se assim fosse, mas de qualquer forma, vamos acreditar no mundo do nosso jeito, como dizia, Renato Russo. :)

Jairo Vanucci disse...

Concordo, a Sailor disse tudo [2]

Vanessa Provietti . disse...

Sailor arrastando multidões, rs (palmas)