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Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Maré .


Vou contar um vício, uma das manias mais saudáveis
que eu tenho é andar a noite sozinha, sério, eu acho que é um dos poucos momentos que eu tenho comigo mesmo, talvez o único momento que eu reflita, ou no mínimo que eu pare pra pensar, mesmo sem grandes resultados. Sábado passado eu estava para baixo, tinha trocentos planos, mas não queria nada, diferente do habitual não queria música alta, muitas pessoas, ou risadas incansáveis, eu não queria casa, eu queria sossego, queria pensar, mudar.
E apesar de não parecer, eu tenho muita fé, eu acredito na natureza, eu creio no criador.
Então, eu queria ver a imagem mais linda no meu ponto de vista, ver a união do céu com o mar. Queria admirar o infinito, queria buscar o horizonte, queria sentir a maré, chutar areia, marcar pegadas. Eu fui para a praia, andei sentindo os pés na água quente comparada sob o sol (pensei que ironia da criação), senti o sereno da noite imerso ao cheiro da maré (naquele momento me pareceu essência), ouvi as ondas se chocarem numa sintonia perfeita e imaginei que essa deve ser a balada perfeita para Deus, eu ri de estar ali admirando coisas que poucas pessoas hoje em dia param para pensar, ri de em meio a tanta coisa acontecendo eu arranjar uma fuga no mar, então eu pedi que ele levasse sabe? Tudo aquilo que está difícil e chato de carregar. E me senti leve.
Enquanto a minha caminhada ao mar, além de voltar leve, ao chegar em casa descobri que além de levar, o acaso me trouxe, me trouxe algo que eu meio ao caminho eu havia perdido, algo que faz tempo que eu havia “cansado”, alguém que brilhou, sorriu e encantou, a sei lá 1 ano, eu tinha parado de escrever a respeito, alguém que a tempos atrás me despertou uma coragem inexplicável, mas por algum acaso não prevaleceu.
Depois da praia ao chegar em casa eu ouvi de você tudo o que naquela época eu sonhava em ouvir, foi engraçado, porque não achava que faria alguma diferença, na verdade não achava que você pudesse estar se sentindo, mas fisiológicamente descrevendo ativou todo o meu sistema autônomo, rs, você voltou com meras palavras trouxe tudo outra vez, sei lá se por carência, carinho ou aquele sentimento mais nobre de um ano atrás, o mais nobre que em meio que eu conheci, e por algum motivo eu bloqueiei repetir. Como se enviasse a resposta de um desejo que nem havia chegado ao coração, o mar me trouxe novamente você, e como dívida eu prometo não mais perder.
Você deve estar me achando mega hippie. Mas experimente admirar as coisas simples.
A natureza escuta, entende, o Criador responde!
Meu estado? É, uma vontade de entrar no mar na velocidade de um jet ski, dessa vez vou com calma, remando, re-amando. ;)

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