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Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Paradoxo !



Ordinárias banalidades. Se planejar. Sem pestanejar. Hoje eu vi você. Você que já parece fazer tanto tempo fora do meu “nós”. Me fez fechar os olhos num abraço tão rápido e receioso.
Notavelmente veio a consciência de uma saudade que eu nem sabia sentir, sim senti saudades desde a ultima vez.
Mas isso não muda os fatos, nem os anulam. Tivemos escolhas e agora isso inclui outras historias, outras pessoas especiais pra gente e até outras paixões, acredito.
Assim como confesso, foi bom te ver. Exceto a parte do teu olhar, tua boca, mínimo contato e cheiro, ainda ter um efeito convidativo.
Você me trouxe reflexões e boas memórias, sabe?
Como o quanto eu senti falta naquele teu jeito “revolts” de andar na frente, das pernas engraçadamente e quase imperceptivelmente tortas. E me fez sorrir ao ler teu nome escrito a caneta no meu ombro, imaginei que a um tempo atrás ele estava tatuado em cada milímetro do meu corpo. E atualmente não são mais nossas iniciais que aqui se encontram.
Trocamos poucas palavras, alguns sorrisos e quase nenhum contato. E em meio a silêncios abismais, eu pude ouvir o barulho que o meu e seu coração faziam.
Em algum momento cheguei a me ver me apaixonando novamente por você, então descobri que talvez eu nunca tivesse deixado de o estar. E de uma forma pacifica, fraternal até.
Mas como eu disse de inicio, ordinarias banalidades sobre um amor simples e direto.
Visão limitada.
Quando sem querer lembrei do quanto eu tenho crescido nessa banalidade, lembranças boas sim, mas quero mais, quero fatos, quero o que não tive e eu tenho aspirado o que não me cabe.
Esotéricas aspirações e lá vai o tempo, lá vem o barco e nessa excursão de idéias, minha exatidão não me traz de volta a você. Na outra margem tem alguém me esperando, e dessa vez, sem rotas, destinos ou pretenções eu quero soma e sinto o mais.
Eu lamento, sabemos não se depurar um câncer sem matar células inocentes.
Te quero bem. Te gosto muito. Sinto-te ainda. Sinto tua falta.
Mas o quero mais. Estou gostando mesmo. Não só por alternativas. Por ironia de vida talvez.
Estive certa disso. E este é o grande paradoxo.

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