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Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mais um dia.



Tive um dia não muito favorável, num engarrafamento de 2h e meia,
perdi a apresentação do trabalho que fiquei até 2h fazendo e entendendo.
No ônibus já exausta com meu hiperativismo formigando, o stress das pessoas quase contagiante, levantei fiquei em pé na janela e resolvi cantar, observando um bebê, o vi fazendo careta pra chorar, eu pensei no quanto eu queria fazer companhia a ele, mas decidi só olhar e ele me sorriu, o sorriso de um bebê desconhecido me fez sorrir por dentro, eu vi aquela criança que eu desde muito pensei em adotar, sorrindo fechando os olhos com covinha, e aquilo trouxe sol ao meu dia. Senti falta da forte tendência a sorrir quando se é criança,  mesmo que dependentes, cuidados, seguros e inocentes somos naquela faixa etária.
Tive certeza do quanto era maior que os outros sonhos a adoção, dei menção ao valor da profissão que escolhi e do quanto quero ainda pediatria no meu currículo. Dos trocentos pensamentos. Após esse imaginei o quanto gratificante é ser mãe e enxerguei que no fundo a minha mais que ninguém me ama muito, imaginei se no lugar dela eu me amaria tanto assim, é muito real quando deus compara seu amor com o delas, sabia? Imaginei a minha e outras mães, por um momento entendi o quanto elas se importam, mesmo que do jeito delas, com os seus, entendi que apesar de tudo, de qualquer coisa, nunca deixam de ser mãe. Que é frustrante se esconder atrás do que elas ditam, quando na verdade estamos é com medo do que vai ser, do quanto riscos vamos correr, ou mesmo de até onde elas vão nos amar, mas isso é confortante, assim como o amor de Deus o de mãe é o mais próximo do incondicional.
No incondicional pensei no quanto eu tenho envolvido pessoas, lugares, noites, dias.. no meu incondicional, por um instante me senti culpada, conseqüentemente, me restou a lembrança daquele momento que quero muito ter de volta, sabe? Eu lembrei do quanto deixo as coisas não terminadas, de primeiro a redenção foi a idéia de não querer que acabem, por fim, descobri que tem muito de ser uma frouxa até para encerrar, então, prolongo o que muitas vezes já entreguei os pontos.
Depois disso me vi voltando pra casa. Me perguntando o que realmente importa? Procurando respostas para o que já tinha. Pensei se era certo ou não, obter o que se deseja? Ou o que nunca será? Ou o que não pode mais ser? O quanto uns vem sempre que outros se vai? O quanto mais ausente outro se faz presente? Perder o que arriscamos muito pra conseguir? Se realmente há algo melhor? O quanto se vale arriscar por isso?
Concluindo que o que nosso cérebro e coração deseja nem sempre estão em comum acordo e em sua maioria das vezes gera tragédia. Entretanto, sei que algum dia voltarei a fazer as mesmas perguntas. Continuarei sem respostas. Mas tudo terá sido importante.
Grandes planos. Apenas, nem sempre é tão fácil assim.

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