Seja bem-vindo, volte sempre e o último a sair apaga a luz ! :D

Quem sou eu

Rio de Janeiro, Brazil
Eu sou Vanessa Provietti, tenho 30 anos, sou carioca, sou loira, sou leonina e tricolor. Mais uma apaixonada por palavras e quando grito em silêncio: escrevo.

sábado, 3 de setembro de 2011

Rio, 03.07.11



Eu queria escrever como eu não faço há algum tempo,
da mesma forma que eu queria chorar, mas não consigo a muito tempo.
Eu me acho fria, acéfala, estranha, será possível que eu não saiba gostar?
Queria dizer tudo aquilo, tudo aquilo que me engasga, tudo o que me bloqueia,
tudo o que eu não consigo parar para pensar, tudo isso o que quero dizer e não consigo, não conheço.
Se eu pudesse mudar algo seria essas noites que apago para não pensar em “nós” num “nós” separado, no “eu”- “você”, mas ao dormir eu acabo sonhando contigo e em meio a tantas coisas cortadas, nem mesmo o sonho te traz de volta.
Sabe, eu não sei dizer, por isso estou aqui cuspindo palavras que voltam, me sujam e machucam, sim dói e muito!
Eu queria conseguir voltar atrás e mudar tudo, tudo aquilo que não lembro, mas sei que doeu tanto em você, quanto esta doendo em mim agora.
Às vezes eu fujo da realidade na tentativa de fingir que tudo aquilo foi um pesadelo, um sonho ruim, eu gostaria de nesses sonhos vividos eu acordasse gritando e tivesse você ao lado para abraçar e ter certeza que não foi nada além de um sonho ruim, você estava ali e o quanto eu te valorizava por isso. 
Já pensei em sair por aí, pegar a estrada pra variar, viajar para algum lugar distante que não me trouxesse lembranças de tudo o que a gente em tão pouco tempo viveu, porque as calçadas, as boates, a praça, noite, o shopping, o bairro, o metrô, o Rio me lembra você, e tento evitar, ao menos o que posso, então, descobri que não importa o quanto eu tente fugir, eu vou continuar te carregando, até porque nem as sms do celular eu consegui apagar, porque eu não quero apagar você da minha vida, da alma, do coração. As estradas só fariam me sentir mais longe, mas sempre perto, de certo.
Hoje faríamos os 2 meses mais cheio de planos e mais presente que eu tive oportunidade de ter envolvida na vida de outro alguém, porém estamos fazendo 1 semana de término, irônico não é?
Gostaria de outras coisas menos confusas, porque há sempre opções, mas eu não consigo, dessa vez eu não posso - não quero!
Eu tento desenhar nisso tudo que está arquivado em minha mente, apenas um sentimento de culpa, de ser apenas uma consideração guardada de você, porém não se cospe, não se joga no lixo, não se engole, não se caga, engasga sorrindo e só!
Esse FDS, eu não queria sair, estranho, mas queria paz, sossego, já que me faltaria você, quando cheguei na noite, já tinha alguém me esperando, alguém conhecido, alguém disposto a largar tudo para segurar minha mão, um príncipe, até tentei ficar com esse alguém, ao tentar eu saí, abracei uma amiga e por fim disse: não dá, por favor, traz de volta o que é meu. E sim, pela primeira vez, eu chorei. Chorei sem culpa, chorei por medo de sentir aquilo outra vez, chorei em segredo.
De tudo o que eu guardo, acho que o bom foi o quanto eu aprendi, hoje eu sei que ao contrario do que eu pensava, há oportunidade que a gente não tem de novo, e o que ficou foi o pedido de desculpas pela falta de profundidade no último contato com você, por ter aceitado suas costas indo, por ter aceitado cada palavra em silêncio, por ter te deixado ir quando eu deveria implorar que ficasse, por ter virado a esquina sem olhar para trás com aquela coisa cortante no peito, pelo meu orgulho disfarçado de silêncio e vergonha por não saber o que dizer para que de alguma forma pudesse te fazer ficar, e acima de tudo, desculpas por ter te feito ser o “mocinho” que se desculpa pela próprio “vilã”.
Eu não tive tempo de dizer, o quanto quero que você fique!
Te deixo, enfim, com certa parte de mim, com todo meu coração, cuide bem dele. De resto, fiquemos bem, como se fosse verdade! :)

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